quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Onomichi, really

[...]

The Japan I perceive through my camera
is strictly my very own sight.
(Or "insight"?)
It is shaped by the history of Japanese Cinema,
(that I got to know in Paris and New York,
long before I ever set foot in Japan for the first time,)
but also by Caspar David Friedrich, Vermeer and Hopper,
by Walker Evans, Sebastião Salgado and Joel Meyerowitz,
by Van Morrison, Dylan and Lou Reed,
by Peter Handke, Walker Percy and Bruce Chatwin
by my wife's black and white photography
and by everything else I ever saw, read, heard and loved.

Sometimes I don't have a clue anymore
how to retrace, let alone explain the complexity
of even the simplest thing,
or the history of its influences...

But I can promise you
that the world you see in the pictures of this exhibition
is not digitally reconstructed.
I did not intend to show you things that do not exist in Onomichi.
Everything is "real",
if you allow me to use this somehow obsolete word, for once.
Well, what your eyes see, in my images,
and how and through what grid,
that again is your very own picture story (or history).


Trecho de texto Onomichi, really de Wim Wenders no livro Journey to Onomichi

OBS- ele está em alemão também, como foi primeiramente escrito mas como não sei alemão eu reproduzi a tradução em inglês.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Vilém Flusser, Les gestes

“ Não existe pensamento que não esteja articulado a um gesto. O pensamento antes da sua articulação é mera virtualidade, nada ainda. Ele se realiza através do gesto. Não se pode pensar antes de gesticular.”

Vilém Flusser, Les gestes.

Trecho de Advertência - Daniel Buren

"Todo ato é político e, quer estejamos conscientes disso ou não, o fato de apresentar um trabalho/produção não foge a essa regra. Toda produção, toda obra de arte é social, tem uma significação política."


Lou Reed


Estranho... faleceu ontem. 
Algo vai junto com ele.
Triste.


Fonte da foto    Perfect Day


Sobre fotografia

"Embora em certo sentido a câmera capture a realidade e não apenas a interprete, as fotos são uma interpretação do mundo tanto quanto as pinturas e os desenhos."

Susan Sontag em Sobre fotografia

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Frank Stella e Donald Judd

Judd: Mesmo que você possa planejar a coisa toda com antecedência, você só sabe como ela é depois que ela estiver lá. Você pode ter-se enganado completamente, mas só vai saber disso depois de ter tido o trabalho de construir essa coisa.

Stella: Sim, e também é isso que você quer fazer. O que você quer realmente é ver a coisa. É isso que o motiva antes de mais nada, ver com que cara ela vai ficar.

Judd: Pode-se pensar nela para o resto da vida, em todas as versões possíveis, mas ela não é nada enquanto não se tornar visível.


trecho da entrevista concedida ao crítico Bruce Glaser, transmitida em 1964 pela WBAI-FM, de Nova Iorque. O texto completo está no livro Escrito de Artistas Anos 60/70, organizado por Glória Ferreira e Cecilia Cotrim.